Capítulo 58



  Atenção: Este capítulo contém cenas de sexo! Caso não se sinta confortável, não leia.

   Entrei no quarto de hospedes e arrumei-o enquanto Vitor foi no carro pegar sua mala. Em minha mente, eu planejava cada passo que daria naquela noite. Ao virar-me, ele estava encostado na porta, apenas me observando com seu olhar terno.

_Aqui no quarto tem banheiro, fica a vontade para tomar um banho e descansar. – Estava passando pela porta quando sinto sua mão tocar levemente meu braço.
_Ainda não estou acreditando que estou com você assim, do meu lado.
_Eu que não estou acreditando. Achei que desistiria de mim.
_Desistir de você? Nunca. – Abraçou-me – Te amo demais.

   Ele tomou meus lábios, nosso beijo estaria perfeito se minha mãe não estivesse limpando a garganta mais uma vez para que parássemos.

_Arrumou a cama para ele?
_Sim.
_Muito bem, agora vá para seu quarto.

   Eu andava bem devagar, vez outra olhava para trás e via Vitor com um olhar perdido, querendo que eu ficasse. Ao entrar contei os minutos, ouvi minha mãe se trancar em seu quarto e sabia que dali ela não iria sair mais. Pé ante pé, fui para o quarto de hospedes, Vitor ainda estava tomando banho, ouvia o barulho da água; deitei-me na cama, enrolando-me debaixo das cobertas, ao sair, ele se assustou.

_Yasmim, sei que você quer o mesmo que eu, mas vamos respeitar a casa da sua mãe.
_Ahh – Puxei o lençol e fui “engatinhando” até a beira da cama, depois fiquei de joelhos, fazendo gestos para ele se aproximar. – Só porque eu queria matar a saudade.
_Eu sei meu amor. – Abraçou-me – Também queria muito, mas se sua mãe pega você aqui...
_Já fizemos isso uma outra vez e ela nem percebeu.
_Eu sei, mas agora é diferente. Ela sabe que estou aqui.
_Relaxe que eu já fiz isso várias vezes. Mas, como você não quer, podemos dormir apenas. – Voltei para debaixo do lençol, bati com a mão o lado onde ele iria deitar. – Vem.
_Rsrsrs, você é uma tentação, Yasmim.

   Fiquei observando-o trocar de roupa e vir deitar do meu lado, nesse momento, apenas nos olhamos, nossas mãos tocaram-se, senti uma paz enorme, um amor calmo e tranqüilo, assim como deve ser. Em silencio, ele puxou-me para que encostasse a cabeça em seu peito, ficou acariciando meus cabelos.

_E agora minha menina, o que vai ser de nós dois? Está preparada para embarcar nessa luta comigo?
_Sempre. Desde que tive oportunidade de conhecer o lado “Vitor” eu sabia que teria que me preparar para isso.

   Levantei-me e apaguei a luz, ao voltar para a cama, senti que Vitor estava inquieto, liguei o abajur:

_O que você tem, Vitor?
_Acho que vai ser difícil dormir com você do meu lado.
_Podemos resolver isso...

   Tomei seus lábios, como era deliciosa essa sensação de saber que amava e era correspondida; enquanto estava beijando-o, desci minha mão para barra de sua cueca, indo mais além, coloquei-a dentro, seu membro já estava rígido, seu abdômen se contraia respondendo cada toque meu, suas mãos entrelaçaram em meu cabelo, dando leves puxões.

_Desculpe. – Ele disse após finalizar nosso beijo.
_Porque?
_Meus instintos, meu corpo não entende que temos que ir com calma...
_O meu também. Ame-me essa noite, Vitor, por favor!

   Vitor ficou por cima de mim, suas mãos desceram para tirar minha calcinha e após isso, acariciou minha intimidade, com leves toques, apenas me deixando mais louca. Estávamos no ponto certo, o calor já invadia nossos corpos, queríamos o mesmo, senti ele calmamente entrar em mim, nos olhávamos profundamente, em meio a seus movimentos ele sussurrava “Eu te amo, Yasmim” e isso só me fazia sentir um sentimento louco de tesão com vontade de chorar. Ao sentir que as ondas de prazer estavam vindo, minhas mãos seguraram seus braços fortes e pendi minha cabeça para trás, deixando livre a área do pescoço e assim ele fez, enquanto acelerava os movimentos, sugava minha pele. Atingimos o prazer quase juntos, depois disso, ele voltou para seu lugar e eu mais uma vez deitei-me em seu peito, fazendo desenhos abstratos no peitoral.

_Ainda não acredito que te tenho de volta, Yasmim, estou falando serio – Sua voz baixa e rouca acordou-me por completo. Belisquei seu braço. – Caramba Yasmim! Isso dói.
_Ué, você não estava acreditando que me tinha de volta, agora acredita?

  Rimos juntos, ele apertou seus braços envolta de mim.

_Te amo tanto minha menina. Agora sei que é impossível ficar longe de você por muito tempo.

   Aos poucos o sono foi nos vencendo e acabamos dormindo. Assim que amanheceu, fui para meu quarto e lá fiquei quietinha.


Victor...

   Um sonho mais que perfeito, ainda estava inerte assim que abri os olhos, olhei ao redor e minha mente refrescou-me dos últimos acontecimentos.  Olhando para a janela deduzi que não passava das oito horas daquela manhã. Levantei-me, indo fazer minha higiene para logo em seguida andar pelos cômodos daquela casa, achei a cozinha e Yasmim estava no fogão concentrada em alguma coisa, mexendo na panela; abracei-a por trás, beijando o topo da sua cabeça.

_Bom dia minha menina.

  Ela virou-se rapidamente, passando os braços envolta do meu pescoço:

_Meu príncipe
_E agora é assim que me chamará?
_Sim. Só os príncipes defendem as princesas.

   Demos um selinho rápido e logo sentamos a mesa. Tudo parecia um sonho, Yasmim ali, conversando animada, contando seus planos. Olhei em volta, estava tudo tão quieto.

_Onde está sua irmã e sua mãe?
_Foram trabalhar. Elas voltam perto do almoço... Tempo de sobra para namorarmos. – Sorriu e logo mordeu o lábio inferior.
_Yasmim... Não podemos fazer isso, sua mãe foi tão legal ao me abrigar aqui.
_Larga de ser bobo Vih.

   Ela levantou-se e foi sentar no balcão, com as pernas abertas para me provocar, estava sem calcinha e mexeu com todo o meu sistema nervoso e minha sanidade mental foi embora junto com toda a minha decência. Levantei-me e fui até ela, ficando entre suas pernas.

_Tenha modos, da próxima sente-se direito ou não responderei por mim.
_Mas é isso o que quero. Vamos ver até onde seu limite chegará, Vitor Chaves.

   Não agüentei por muito tempo e passei uma das minhas mãos para sua nuca, agarrando o cabelo daquela região:

_Desafie-me mais uma vez e irei bem mais além...
_Você não sabe do que sou capaz para te ter dentro de mim, Vitor. – Sorriu maliciosa.

   Tomei seus lábios para um beijo quente e cheio de segundas intenções. Como resposta, Yasmim segurava a barra do meu short e assim a ajudei a retirar, ela massageava meu membro que clamava por cada toque seu; desci meus lábios para seu pescoço, que gosto bom tinha sua pele.

_Não vou conseguir segurar por muito tempo, Yasmim...

   Investi dentro dela com movimentos calmos, podia senti-la fincando suas unhas em minhas costas, sussurrando em meu ouvido coisas sem nexo; sentindo que o prazer estava vindo para ela, parei o que estava fazendo, saí de dentro dela e fiquei lhe encarando:

_Porque parou? – Sua voz estava ofegante e chorosa.
_Você quer que eu continue?
_Claro.
_Diz que me ama?
_O que?
_Fala que me ama, assim como eu te amo.
_Eu te amo mais que tudo, até mais que chocolate.

   Mais uma vez investi dentro dela e senti suas pernas entrelaçarem minha cintura enquanto seus gemidos ecoavam pela casa, ela atingiu o prazer e com isso, eu acelerei para não demorar muito. Estávamos extasiados, ofegantes, mas com um sorriso perfeito. Ajeitei seus cabelos olhando cada parte do seu rosto, olhei para o relógio na parede e senti que infelizmente eu teria que ir embora.

_Eu tenho que ir meu amor.
_Promete que vai vir me ver.
_Claro que sim, agora a minha morada é em seus braços.
_Como amo.

   Tomamos banho juntos, em meio a risos e carícias. Me despedi e fui embora com o coração partido.  

***

No quarto de hospedes eu me olhava pela milésima vez naquele espelho, sempre arrumando meu cabelo ou inventando algo de errado em mim. Será que seus amigos me aceitariam numa boa? Antes ela me apresentou como um outro cara e a ocasião não fora nada perfeita.

_Amor, vamos, está todo mundo te esperando.
_Já vou, estou olhando se minha roupa está boa.
_Você está lindo. – Me deu um selinho – Agora vamos.

   Segurei sua mão e deixei que ela fosse na frente, me guiando. A casa não estava cheia, apenas alguns amigos de Yasmim na sala, Dona Tereza na cozinha conversando com sua irmã, Isabela e seu namorado no meio do caminho; durante esse mês em que assumi publicamente Yasmim, me acertei com a sua irmã, Isa e eu apenas trocávamos palavras educadas, sentia que ela não me perdoou por completo, até entendo.

_Olá amigos, esse é meu namorado, Vitor Chaves.

   Cumprimentei todos ali, as suas duas amigas – Ariane e Larissa – Foram as que mais puxaram assunto naquela noite, bastante simpáticas, até me davam dicas de como agradar a minha “garota tentação”. De repente, Isabela aproximou-se de mim enquanto todos conversavam animadamente.

_Vamos deixar essa nossa rixa de lado. Como prova de que te perdoei, empresto meu violão para você animar essa noite.
_Obrigado Isabela, acredite em mim, amo muito sua irmã e só quero o bem dela.
_Assim espero.

   Com o violão iniciei uma musica e logo surgiram pedidos, alguns minutos depois estavam todos na sala, divertindo-se e algumas vezes, os amigos de Yasmim pediam o violão para tocar outras musicas, momento esse para puxá-la para ficarmos a sós:

_Porque me trouxe pra varanda?
_Porque tenho um pedido pra te fazer.
_Se for pedir em casamento, aceito na hora.

 Sorri e abracei-a.

_Ainda não é isso minha pequena, é algo simples, mas que estou com medo de ouvir a resposta. Irei entender caso você diga não.
_Fala logo Vitor.
_Vem morar comigo em Uberlândia? Lá podemos achar uma faculdade pra você terminar seu curso que trancou, procuro um estagio para você, mas não vou suportar te ver somente algumas vezes por mês.

   Saiu mais rápido do que eu pensava, passei noites em claro formulando esse pedido em minha mente e agora, era só ouvir sua resposta.

   

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