Capítulo 21
Atenção: Este capítulo
contém cenas de sexo! Caso não se sinta confortável, não leia.
Victor...
Tudo estava indo bem, eu deixei
Yasmim mais relaxada o possível, se ela queria ir além, eu teria que fazer
valer. Mas foi durante a relação que percebi que ela estava inquieta, agarrada
em mim de uma maneira como se quisesse expulsar toda aquela dor, ela sentia
isso, eu sentia isso a cada vez que tentava e ouvia suspiros de susto. Afastei
meu rosto para encará-la e as lagrimas em seu rosto já entregavam mesmo com os
olhos fechados, aquilo doeu em mim, não era pra ser assim. Um nó em minha
garganta se formou ao analisar a questão, o fato é: ela estava incomodada e eu
só estava pensando em meu prazer, sendo que teríamos um final de semana inteiro
pela frente.
Saí de cima dela e sentei na cama,
passei as mãos pelos meus cabelos, estava visivelmente impaciente.
_Vitor, porque você parou? – Não
consegui encará-la de tamanha vergonha.
_Você está sentindo muita dor Yasmim,
melhor pararmos aqui. Amanhã tentamos novamente.
Não obtive respostas dela por alguns
segundos. De repente, ela saiu da cama emburrada, foi em direção a porta,
antes, virou-se para mim:
_O que porra deu em você Vitor? Me responde uma coisa: tudo na sua vida é por parcela?
_O que porra deu em você Vitor? Me responde uma coisa: tudo na sua vida é por parcela?
_Deveria me agradecer porque eu não
sou como outro qualquer que no meu lugar te usaria e estaria nem aí pro seu bem
estar em cima de uma cama.
_Vai se ferrar!
Bateu a porta e acho que foi em
direção para seu quarto. Joguei-me na cama e fiquei encarando o teto,
pensativo. De tantas mulheres, algumas experientes, outras nem tanto, porque
Yasmim fora a que mais mexera comigo? O que tinha nela que me fazia preocupar
em tudo? Eu tinha medo de machucá-la, pra mim ela era a minha menina, doce
menina, inocente e pura. Talvez fosse essa pureza que me bloqueava para segui
adiante, mas se ela queria, porque eu teria que recusar? Eu já era bem
experiente na vida para saber que a primeira vez de uma mulher é complicada e o
que é doloroso, vem o prazer depois, é só ir com carinho. Eu tinha medo de mim
diante daquela menina, porque perto dela, eu era apenas... Um menino, que
estava resgatando tudo o que vivi na adolescência.
Peguei-me suspirando alto e indo em
direção ao banheiro, retirei a camisinha e entrei no banheiro, tomei uma ducha
rápida, só para afastar meus pensamentos. Sequei-me, fui até a mala e peguei
uma das minhas boxer, vesti. Definitivamente não sabia como agir, nem o que
fazer depois de uma dessa. Eu não sabia, mas meu subconsciente, sim. Quando menos
esperei, estava em passos largos até o quarto dela, abri a porta sem nenhuma
cerimônia, ouvi o barulho do chuveiro e sentei na beira da cama, iria
esperá-la. Yasmim saiu do banheiro vestida em uma camisola perfeita, sensual.
Só percebi que estava agindo como um moleque bobo quando subi meu olhar para
seu rosto e ela me encarava furiosa.
_O que você veio fazer aqui?
_Me desculpa, só não queria te
machucar, Yasmim.
_Já me machucou o bastante por hoje,
melhor ir dormir.
Como se eu fosse um nada, Yasmim deitou
na cama, puxou os lençóis e me deu as costas. Eu não iria sair daquele quarto
sem ao menos beijá-la, então, deitei do seu lado, puxei o lençol e pude sentir
seu corpo quando a abracei.
_Queria que você entendesse que não
queria que fosse assim. Você é minha menina, eu te quero mais que tudo, agora
tenho toda a certeza do mundo, Yasmim.
Ela remexeu e aproximei nossos
corpos.
Sabia que não iria conseguir dormir,
não com ela nesses trajes, já podia sentir meu membro pulsar, até afastei-me um
pouco. Quanto mais eu evitava, sentia que Yasmim mais me procurava, suas costas
roçando em meu corpo me deixavam atônito, querendo mais. Segurei fortemente sua
cintura e tomei seu pescoço, subi meus lábios para sussurrar em seu ouvido:
_Não me provoca Yasmim, estou ficando louco com esses joguinhos.
_Não me provoca Yasmim, estou ficando louco com esses joguinhos.
_Mas eu quero... E vou conseguir te
deixar louco.
Ela virou o rosto para ir de encontro
ao meu, nos beijamos já entregando os pontos. Demorei em descobrir onde estava
meu ponto fraco... Yasmim, ela era meu ponto fraco.
Virei-a de vez, ficando por cima
dela, segurei seus pulsos e levei-os a altura de sua cabeça. Sim. Eu estava
imobilizando-a para deixá-la louca, ela já sussurrava em meu ouvido:
_Faça o que quiser de mim... Porque o
que você quer, eu quero.
Parei o que estava fazendo, soltei
suas mãos e desci as minhas para ir de encontro com sua calcinha, retirei-a e
estimulei Yasmim ao máximo. Um medo percorreu em meu corpo quando estava
prestes a tentar amá-la mais uma vez. Baixei minha boxer, não a retirando por completo,
no escuro acariciei seu rosto.
_É isso mesmo o que você quer?
_Sim, pode ir adiante.
_Sim, pode ir adiante.
Penetrei-a de leve, tentando
controlar meus impulsos e meu medo, aos poucos fui indo além, todo momento
percebi que Yasmim estava tensa, choramingando, me apertando fortemente. Se
para ela estava complicado, imagina para mim, teria que pensar em outra coisa
para não acelerar os movimentos e machucá-la mais ainda. Em meus olhos caiu uma
lágrima, eu estava sendo o primeiro a amá-la, isso era de fato, muito importante,
porque nossas vidas estavam marcadas para sempre.
Já não agüentando mais acelerei um
pouco os movimentos e atingi o ápice, continuei dentro dela enquanto procurava
sua boca para beijar, tremíamos e em meus pensamentos passava-se só uma coisa:
Eu a amava, naquele momento, era amor o que estava sentindo por ela.
Em movimentos lentos fui saindo aos
poucos de dentro dela, deitei na cama e a puxei para encostar a cabeça em meu
peito. Não queria que aquela magia acabasse nunca mais. Peguei-me cantando
baixinho:
“Madrugada de amor que não vai acabar
“Madrugada de amor que não vai acabar
Se estou sonhando
não quero mais acordar
Minha historia
linda, meu conto de amor...
Algo aqui me diz que
essa paixão não é em vão
O meu sentimento é
bem mais que uma emoção
Eu espero o tempo
que for
Minha fada do
amor...”
Ouvi Yasmim sussurrar.
_Vitor...
_Oi meu amor?
_Vitor...
O tom da sua voz foi elevando, até
chegar a um ponto em que Yasmim estava sentada na cama, desesperada. Liguei o
abajur.
_O que foi Yasmim?
_Vitor... Me fala que você já estava
com camisinha... – Ela puxou o forro do lençol para olhar meu corpo debaixo
dele.
Senti um medo percorrer meu corpo,
medo maior de responder a ela.
_Eu... Esqueci de colocar.
Yasmim colocou as mãos na cabeça e
ficou desesperada... Eu, fiquei mais ainda.
...
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