Capítulo 25


  Atenção: Este capítulo contém cenas de sexo! Caso não se sinta confortável, não leia. 

   Tomei os lábios de Victor e o beijei, dessa vez provocante. Sentei em seu colo e senti suas mãos irem até minhas costas, segurando o nó do meu biquíni e desamarrando-o, o abracei rapidamente.

_Vih, alguém pode nos ver. – Olhei para praia, deserta, como sempre.
_Tem razão. – Ele amarrou de volta.

   Segurei seu rosto com uma das minhas mãos, olhava fixamente para cada detalhe contido ali.

_Me ame, ao menos uma única vez, quero uma despedida perfeita. – Sussurrei.

   Antes que pudesse digerir o que acabara de falar, Vitor tomou meus lábios em um beijo forte, com vontade.

_O que você tem que eu não consigo me controlar, Yasmim?

  Saí do seu colo e entrei na casa, suas mãos alcançaram minha cintura e subimos para o quarto dele assim. Já estando dentro de casa e bastante seguros, ele me virou, enquanto me beijava, desatou o nó da parte de cima do meu biquíni, assim, suas mãos correram rapidamente para meus seios, acariciando-os e arrancando gemidos vindos de mim.

  Sem perder tempo, retirei a parte de baixo sob os olhos dele, espalmei minhas mãos para seu peitoral e desci para o abdômen, mordendo meus lábios eu acariciava a região, sabia que ele queria que eu descesse mais com as mãos, mas não fiz. Já sendo obvio a excitação dele, Vitor me guiou até a beira da cama, deitei nela e fiquei vendo-o retirar a sunga, meu olhar já era de tara, eu estava querendo isso acho que bem mais que ele.

   Fechei meus olhos quando senti sua boca dar leves mordidas na região interna das minhas coxas, involuntariamente soltei um gemido rouco, ele subiu até a virilha e alguns segundos depois, já tomava meu seio com sua boca.

_Seu corpo... Ah Yasmim! – Sussurrou em meu ouvido.

 Empurrei-o e me virei, ficando de costas pra ele, olhei por cima do ombro.

_hoje quero assim.

   Ouvi os passos dele indo até a mala, o barulho da embalagem me fez deduzir que ele estava se protegendo com a camisinha. Senti os beijos de Vitor subirem pela minha coluna, me causando leves arrepios, me fazendo mexer o quadril e sem querer esbarrar na sua intimidade.

_Eu te amo, Yasmim.

   Quatro palavras, ditas em um sussurro no meu ouvido, causou em mim uma excitação fora do comum. Agora eu desejava Vitor dentro de mim mais do que nunca.

   Senti seu membro roçar em minha intimidade, apenas para me estimular, logo em seguida, senti ele me penetrar, fazendo incomodar um pouco, ainda doía, mas nada comparado a primeira vez que nos amamos. Ele passou uma de suas mãos da cintura para parte frontal, descendo com os dedos e achando a minha intimidade, me estimulava fazendo movimentos enquanto vagarosamente me penetrava. Não chegava a ser o ápice, mas era algo parecido, bom de sentir, eu apenas estava relaxando meu corpo enquanto sentia-o estar dentro de mim. Em certo momento, ele tirou a mão da frente e agarrou com força cada lado do meu quadril, puxava-me para ir de encontro ao seu corpo e senti-o atingindo o ápice, parou com os movimentos mas não saiu por completo, depois, saiu de cima de mim e deitou do meu lado, procurando ar.

_Eu te amo, Vitor – Me virei e sussurrei em seu ouvido.



Victor...


_Eu te amo, Vitor...

   Após ouvir o sussurro de Yasmim, senti meu corpo queimar e logo uma pontinha de dor no coração surgir. Será que ela sabe o que está falando? E se for amor mesmo, por quanto tempo durará? Será que vai enraizar dentro de mim ou será mais uma paixão que me deixava entorpecido por algumas semanas e depois ficava na minha mente como uma boa lembrança?

   Essas coisas me perturbam e me fazem acordar para a realidade. Iríamos embora naquele dia, depois disso, voltaríamos a nossa rotina, cada um segue seu caminho.

_Não gosto quando você fica assim. – Ela sentou
_Assim como?
_Pensativo.
_Sou assim, terá que conviver com esse meu lado.

  Ficamos em silencio, ela foi tomar banho no quarto dela, aproveitei para tomar uma ducha tranqüila, sem a minha “garota tentação” por perto.

   Fizemos nossas malas e colocamos no bagageiro. Antes de ir embora, Yasmim parou na sala, olhou para mim.

_Se tem uma coisa que quero muito, é que esse fim de semana fique gravado na nossa memória eternamente.

  Abracei-a por trás, depositei um selinho próximo a seu ouvido.

_E será, pelo menos pra mim. Foi aqui onde tudo de bom aconteceu. Foi a partir daqui que eu e você nos tornamos um só corpo, uma só alma.

  Ela suspirou, colocou as mãos em cima das minhas que repousavam em sua barriga.

_E mesmo que aconteça algo mais na frente, se acaso nos separarmos, acredite Vitor, sempre levarei esse fim de semana pra sempre em minha memória.

   De mãos dadas, saímos da casa, antes de fechar o portão ainda olhamos para ela, sorrimos.

   Antes de pegar a estrada, passei na casa do proprietário da casa que aluguei, devolvi a chave e fomos a um restaurante não muito distante. Almoçamos em um clima tranqüilo e alegre. A volta para casa não poderia ter sido melhor. Como toda fantasia, acabou, estávamos voltando a nossa realidade.

_Vitor... – Ela me chamou em uma voz melosa, queria pedir algo.
_Pode falar.
_Vi no site que sexta-feira vocês não tem show.
_É, porque falou isso?
_É que minha apresentação na companhia de balé é sexta-feira a noite. Você bem poderia vir me ver.
_Acho que não vai dar Yasmim, tenho reunião no escritório pela tarde.
_Ah, então esquece. – Ela abriu a porta para descer.
_Hei. – Ela voltou e me olhou – Haverá outras apresentações e eu farei questão de vir te ver. Te prometo.
_Não, não haverá. Essa é a minha ultima apresentação.
_Por quê?
_Irei sair do balé. – Baixou a cabeça.

   Veio-me algo na mente, Yasmim estava visivelmente triste, ela gostava de fazer aquilo.

_E porque vai sair?
_Está atrapalhando minha faculdade. Tô sem tempo pra estudar.

  Não era só isso, essa desculpa de Yasmim não estava me convencendo.

_Eu quero te ajudar.
_Me ajudar em que?
_Sei que você gosta de dançar balé. Quero te ajudar.
_Como assim? Não estou entendendo.

   Seria complicado, sabia que ela não iria gostar da minha proposta. Suspirei e fiz a proposta meio sem jeito.

_Quanto custa o balé? Digo, quanto você paga de mensalidade?

  Nos seus olhos tinha indignação.

_Você tá achando que eu... Vitor! – Me repreendeu.
_Desculpa, mas você falou que seu pai abandonou vocês... Eu só quero te ajudar Yasmim.
_Não preciso do seu dinheiro. – Rebateu ríspida – E pra você saber, sou bolsista lá. Estou abdicando por causa dos estudos mesmo. Tchau.

   Saí do veículo e abrir o porta malas, enquanto ela retirava suas coisas, eu cruzei os braços e fitei-a. O sol estava se pondo e focava as marcas do biquíni que usara aquela manhã... Tão linda e perfeita.

_Será que nem um beijo de despedida eu ganho?
_Até mais Vitor.


  Vi Yasmim entrar no edifício sem olhar para trás.

... 

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