Capítulo 30


  Atenção: Este capítulo contém cenas de sexo! Caso não se sinta confortável, não leia. 

   Ah, como uma felicidade toma conta de mim quando sei que vou vê-la. Estava muito ansioso, precisava tê-la, sentir seu cheiro, amá-la.

   Estacionei na frente do edifício e em alguns segundos a cena que vi me fez ficar perplexo, ela só podia estar querendo me provocar. Aos meus olhos inertes, Yasmim entrou no carro, totalmente com trajes de dormir, até podia prever a camisola que ela usava pela cor do roupão de seda que lhe cobria. Lembrei daquele dia em que a amei pela primeira vez, em que em meus braços ela foi minha menina tornando-se mulher.

_Planeta terra chamando senhor Chaves.

  Pisquei meu olho várias vezes para sair do transe.

_Você... Está linda. – Sussurrei.

   Meu coração foi pela boca ao vê-la desamarrando o laço do roupão, deixando à mostra, a camisola. Estava me sentindo um menino tarado, meus instintos responderam e tomei seu pescoço, sugando-o de leve, inspirando o cheiro da lavanda que ela usava. As minhas mãos já repousavam por dentro do roupão, alisando sua cintura que aquela camisola lhe cobria. Ouvi um gemido rouco e instantaneamente minhas mãos apertaram sua pele.

_Vitor... – Sussurrou em meio a gemidos, fincou as unhas em minha nuca.

   Subi meus lábios para lhe beijar intensamente, não estava respondendo por mim, ela também. Suas mãos desceram e uma delas tocou de leve a região frontal do meu jeans, parei de beijá-la e entre seus lábios gemi involuntariamente.

_Estava com saudades disso. – Yasmim falou após morder meu lábio inferior.
_Eu ainda estou com saudades de outra coisa. – Voltei para meu lugar e procurei o ar que em mim estava faltando. – Porque veio assim? Pra me enlouquecer?
_Sim. Estou morrendo de saudades Vitor, depois daquele fim de semana, você me deixou tarada.

   Gargalhei um pouco alto, o seu jeito de falar, tão tímida e ousada, ainda me deixava atônito.

_Darei um jeito de vir aqui com mais calma para nos amarmos.
_Não sei se vou suportar.

  Ouvi a porta do passageiro se abrir e olhei rapidamente para ela.

_Vem comigo?
_Pra onde? – Me assustei.
_Quero que você conheça meu quarto.

   O coração acelerou de medo. Estávamos indo longe demais, para Yasmim que era jovem, a adrenalina era boa, mas para mim, algo me dava certo medo.

_Não vou fazer isso. Mesmo não a conhecendo, respeito sua mãe.
_Por favor, Vitor, estão todos dormindo. Vem?

   Meu corpo queria ir, mas no meu subconsciente aquele aviso de alerta insistia. Yasmim desceu do carro e foi para o meu lado, abrindo minha porta.

_Vem...

   O seu olhar naquele momento me fez dizer sim sem ao menos ver nada ao meu redor. Desci do veiculo e de mãos dadas, entramos no elevador, a porta se fechou e olhando de esguelha percebi seus lábios se abrirem e um sorriso pervertido aparecer. Estava submisso a ela, que agora me jogava contra parede e juntava nossos corpos, seus lábios procuraram os meus e entre beijos e mordidas ela me tinha como seu refém. A porta se abriu e ela puxou-me para o corredor.

   Entramos em um apartamento pela porta da cozinha, ela fechou rapidamente e me guiou para seu quarto. Olhei ao redor e era um local perfeito, harmonioso, clima agradável. Entrei no seu quarto.

_Fica aí, já volto. – Fechou a porta e saiu.

   Aproveitei para olhar o seu quarto. Coisas de adolescente: Na mesinha onde ficava seu notebook, alguns livros da faculdade, sua cama ainda tinha mais papeis, em uma prateleira ali, livros diversos, um pôster onde estava eu e o Leo – Sorri nesse momento – Próximo a ele, vários CDs e DVDs também nosso. Enquanto ela não vinha, abri seu guarda roupa, Deus! Ela é fã de crepúsculo e claro que me assustei com um pôster imenso do ator principal desse filme na porta... Era apenas uma menina, minha menina.

  A chave girou e a porta abriu-se.

_Fuçando meu guarda roupa por quê?
_Sei lá, curiosidade. Bicho, você é fã de Crepúsculo? – Segurei-me para não rir alto.
_E o que tem? Robert é um dos melhores.
_Aí, tem que parar de falar sobre outros homens quando estiver perto de mim.
_Apenas respondi a pergunta. – Se aproximou de mim, suas mãos me empurraram para a beira da cama. – Acho melhor não perdermos tempo.

   Sentei na cama e senti suas pernas envolverem minha cintura, ela estava ajoelhada na cama me roubando um beijo. Minhas mãos foram para seu quadril e já respondendo ao beijo coloquei minhas mãos em suas nádegas, pressionei-as para que seu corpo se juntasse ao meu. Yasmim parou de me beijar e com suas mãos espalmadas em meu peitoral, me guiou para que deitasse por completo. Vendo-a assim, sentada em cima de mim, me deixava sem ar, com medo e ao mesmo tempo querendo já estar dentro dela.

   Yasmim retirou o roupão levemente, me deixando sem jeito por estar totalmente excitado. Deitou sobre mim e sua língua explorava meu pescoço, fazendo-me soltar o ar pesadamente, não sabia onde ela tinha aprendido isso. Em um gesto mudo, ela retirou minha camisa e jogou no chão, mordendo o lábio inferior, ela abriu o botão do meu jeans, desceu o zíper, em momento algum se assustou com o volume que se formava nesse local. Com meus olhos fechados, senti o momento em que sua mão alcançou meu membro ainda dentro da calça, seu movimentos leves me deixaram louco e sussurrando coisas sem nexo.

_Como te quero... – Sussurrou em meu ouvido.

   Rapidamente e com ajuda dela, retirei meus sapatos, meias, calça, ficando só de boxer. Ela me revelou algo que não tinha percebido... Estava sem calcinha.

   Engoli seco, estava trêmulo, nervoso. Ao vê-la sentar novamente sobre mim, lembrei de algo.

_Yasmim, não trouxe camisinha.

  Ela sorriu e puxou uma gaveta que ficava no criado mudo, voltou a posição anterior.

_Qual você prefere, morango, uva ou menta? Não – Jogou uma das camisinhas de sua mão. – Menta deve ser horrível. E aí? – Arqueou as sobrancelhas.

  Estava tão nervoso que nada respondi.

_Ok, será de morango.

   Estava com medo de sermos pegos e qualquer movimento em seu quarto eu evitava.

_Sua cama não é barulhenta... Ou é?
_Sim. Tive uma idéia.

   Ela me puxou para sentar no tapete que cobria o chão, encostado na cama. Vi suas mãos irem a boca junto com a embalagem e entre os dentes, rasgá-la. Seu olhar desceu para encarar meu membro.

_Confia em mim?
_Sim... – Minha voz saiu falha.

   Apenas observei Yasmim me proteger com o preservativo, ajudei-a, pois sua mão estava trêmula, nossos olhos se encontraram e sorrimos. Yasmim passou uma de suas pernas, envolvendo meu quadril, ao sentir meu membro próximo a sua intimidade apenas soltei um gemido rouco.

_Yasmim, vamos com calma, não quero te machucar.

   Ajudei-a segurando seu quadril e aos poucos via seu corpo descendo, sentindo estar dentro dela, não por completo, ela remexia para facilitar a entrada e assim sentou por completo em cima de mim, ajudei-a guiando seus movimentos. Já me sentindo por completo dentro dela, espalmei uma das mãos em sua barriga, com o polegar estimulei-a fazendo movimentos circulares em sua intimidade. Cada vez que aumentava os movimentos com meu dedo, ela gemia baixinho e fechava os olhos, aos poucos seu corpo foi subindo e descendo, me levando a loucura. Para abafar nossos gemidos, beijei-lhe a boca, aos poucos nossos corpos balançavam freneticamente e após segurar bastante e vê-la atingir o ápice, atingi o ponto alto do prazer segurando gemidos altos para não acordar ninguém naquele apartamento. Com os olhos fechados, senti sua boca em meu ombro, soltando o ar para procurar fôlego, posição favorável para acariciar seu cabelo vermelho.

   Ao senti-la sair por completo do meu colo, gemi roucamente, o contato da sua intimidade ainda estava me deixando excitado e vendo-a se afastar do meu membro, ele pulsou. Precisava me acalmar, Yasmim não era uma mulher, sexo era algo novo para ela, tínhamos que ir com calma. Retirei o preservativo, enrolei e sem jeito falei:

_Onde fica o banheiro?
_Perto da cozinha, vamos, preciso beber água.

   Coloquei minha boxer enquanto ela ajeitava a camisola no seu corpo. Yasmim foi na frente e me puxou para ir junto. Entrei dentro do banheiro, dei um jeito de jogar a camisinha no cesto de lixo sem que alguém futuramente percebesse, aproximei-me da pia, liguei a torneira e molhei minha nuca para me acalmar. Ao sair dali, fui até a cozinha, bebemos água e voltamos rapidamente para o quarto.

_Você não tem medo, sua mãe poderia nos pegar no flagra.
_Não. Ela e a Isa quando vão dormir, dificilmente acordam.
_Então vou dormir aqui hoje? – Abracei-a por trás.
_Deita aí na cama, é de solteiro, mas cabe você. Tem lençóis no guarda roupa, vou ficar estudando.
_Porque não estudamos juntos? – Sugeri


  E assim foi nossa madrugada, fazia algumas perguntas para Yasmim, cada vez que ela acertava cedia-lhe um beijo, ganhei vários essa noite. Deitamos para uma pausa e acabamos caindo no sono profundo, abraçados.  

... 

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