Capítulo 36
Encostei o estilete em meu pulso,
estava decidida a fazer isso... Não. A lamina apenas tocou minha pele, não
consegui terminar. Joguei o objeto na parede e fui correndo ao banheiro para
lavar meu pulso, aproveitando e molhando meu rosto.
Olhei-me no espelho e me senti uma
fraca por não ter conseguido ir adiante, as lagrimas caiam livremente. Tudo o
que eu queria era ter uma chance de ver Vitor pessoalmente. Voltei para meu
quarto, fiz um curativo e naquele dia usei casaco até antes de me deitar,
Isabela ou minha mãe iriam ver o curativo e logo perguntar, principalmente
minha mãe que já tinha passado por isso no passado.
Uma mensagem chegou no meu celular.
“Amiga, tudo bem?
Tá sabendo que os nossos meninos vem fazer show em uma cidade aqui perto da
capital? Bjs. Naty”
Seria arte do destino me provando que eu iria fazer besteira se tivesse dado um fim na minha vida? Eu estava tendo uma segunda chance e iria fazer de tudo para ver Vitor pessoalmente. Liguei para Natalie.
Seria arte do destino me provando que eu iria fazer besteira se tivesse dado um fim na minha vida? Eu estava tendo uma segunda chance e iria fazer de tudo para ver Vitor pessoalmente. Liguei para Natalie.
_Oi Yasmim, até que enfim me ligou.
Como você está?
_Bem. Desculpa Naty, estou estudando muito, sabe como é né, faculdade.
_Bem. Desculpa Naty, estou estudando muito, sabe como é né, faculdade.
_Sei sim, recebeu minha mensagem?
_Sim. Você vai?
_Claro que sim. Vou junto com as meninas que participam do Fã Clube, vem conosco Yasmim? O Show será no dia 28 de dezembro.
_Sim. Você vai?
_Claro que sim. Vou junto com as meninas que participam do Fã Clube, vem conosco Yasmim? O Show será no dia 28 de dezembro.
_Vou pensar.
_Espero um “sim” como resposta.
_Valeu, vou desligar.
_Beijos.
Deitei na cama e no escuro da noite
fiquei pensativa. Eu iria ver Vitor de novo, mas será que ele iria gostar?
Tinha desativado o chip, o que demonstrava que não queria papo comigo. Estava
confusa... Meu Deus, me guia.
Victor...
Tão pouco tempo e já parecia ser uma
eternidade em que estava longe dos baços de Yasmim. Meu namoro com Claudia
estava forte, todos a nossa volta admiravam-na por ser tão carinhosa não só
comigo, mas com quem me rodeava, era amada por todos. Na família? Eram só
carinhos e mimo para com ela que já havia ganhado a amizade de Tatianna e dos
pequenos. Todos felizes, estava satisfeito com isso, mas triste por dentro,
gostaria que a “sortuda” ali fosse Yasmim, minha garota tentação.
Estava em um momento tranqüilo, na
paz. Nas folgas sempre estávamos na fazenda, a sós. Em uma tarde de novembro,
caminhávamos pela Hortense, de mãos dadas, não ouvia nada do que Claudia estava
falando porque em minha mente estava a imagem de Yasmim sorridente, na praia,
em um momento nosso podendo se dizer assim.
_Vitor, está tão compenetrado em seus
pensamentos que sequer me ouviu.
_Desculpe, estava pensando em algumas
coisas.
Sentamos em um banco, admirando a
paisagem.
_Às vezes acho que você deve ter tido
algum amor antes de me conhecer e por isso é assim, pensativo.
_Engano seu. – Passei meu baço pelo seu
ombro. – E se tive, são águas passadas, com certeza ela é muito feliz agora.
_Tem certeza?
_Claro que sim. Sou muito chato, pra ficar comigo tem que me aceitar como sou.
_Claro que sim. Sou muito chato, pra ficar comigo tem que me aceitar como sou.
_Por isso que gosto de você. Além
disso, admiro você como pessoa, tão carinhoso comigo... – Suspirou – Te amo.
Algo travava dentro de mim cada vez
que ouvia um “Eu te amo” vindo da Claudia. Ela era linda, companheira... A
mulher perfeita para um homem ficar embalado na paixão. O que eu tinha de
errado?
_Casa comigo? – Sussurrei em seu
ouvido.
_Oi? – Ela assustou-se, erguendo o
rosto para me encarar.
_Isso mesmo, casa comigo?
Aquela pergunta saiu
involuntariamente da minha boca. A todo instante estava me perguntando por que
fizera isso. Para ficar pior a situação, sequer uma aliança eu tinha para fazer
um pedido nos conformes. Os olhos de Claudia brilharam, ela ficou trêmula, com
suas mãos segurou meu rosto e depositou um selinho.
Caminhamos mais um pouco, o assunto
agora era detalhes do casório. Claudia estava toda serelepe dando idéias,
sorridente. Eu? Estava calado em meu mundo fechado de pensamentos.
“Perdoa-me Yasmim...”
Os dias foram se passando, a família
toda ajudava-nos com todos os detalhes, sempre fazendo de tudo para ter total
descrição – Pedido meu – Estava me afundando mais e mais naquela mentira, ao
mesmo tempo, me apegando mais e mais a Claudia. Algumas horas, me pegava
sorrindo ao ver nossas fotos, ao lembrar dela me fazendo carinho.
Yasmim fora o melhor momento que vivi
em toda minha vida, resgatou de mim um Vitor que antes não conhecia. Seria uma
boa lembrança, assim como seria a mulher por quem eu fui verdadeiramente
apaixonado.
...
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