Capítulo 32
Fiquei boquiaberto com sua beleza,
diferente de Yasmim, ela era uma mulher feita em todos os sentidos. Senti
tapinhas em minhas costas e olhei para o lado, Leo fazia um sorriso bobo e como
um bom irmão, já estava lendo meus pensamentos. Voltei para a roda de homens e
procurei esquecer Yasmim, impossível, ela estava em uma festa onde tinha
jovens, bebidas, mas não tinha minha presença caso ela exagerasse no álcool,
alguém poderia fazer uma besteira que eu não fiz naquela noite em que estava na
minha cama, deitada e completamente bêbada. Uma aflição tomou meu corpo, digitei
uma mensagem:
“Yasmim, quando ler essa mensagem, retorne. Cuidado, não faça nada que me decepcione. Boa festa. Vitor.”
“Yasmim, quando ler essa mensagem, retorne. Cuidado, não faça nada que me decepcione. Boa festa. Vitor.”
Esperei alguns minutos e não obtive
respostas, alguém me chamou e eu virei para dar atenção.
_Pois não Luciana?
_Vitor, está é a Claudia, uma amiga minha.
_Vitor, está é a Claudia, uma amiga minha.
A tal mulher que eu fiquei encantado
momentos antes, estava ali, na minha frente.
_Prazer. – Segurei sua mão a fim de
cumprimentá-la.
_Encantada. – Ela sorriu para mim
Não sabia se estava querendo
descontar a raiva em alguém pelo fato de não receber mensagens de Yasmim, ou se
estava encantado pela moça mesmo. Luciana saiu de perto de nós dois e puxei-a
para nos afastarmos do grupo de homens.
Nossa conversa não poderia ter sido
melhor, Claudia era bastante madura e sua trajetória de vida me deixava mais
entorpecido por ela. Cada palavra saindo de sua boca, me fazia instantaneamente
lembrar de Yasmim. Ela, possuía de uma rica cultura de palavras, sempre
elegante. Yasmim, era moleca e seu papo era jovial, coisas do cotidiano, sempre
levando tudo na brincadeira.
Após o jantar, olhei ao redor e vi
que Claudia estava na varanda, ligando para alguém, fui até ela que já estava
finalizando a ligação.
_Ligando para o namorado?
_Não, estava ligando para meus pais.
_Conseguiu?
_Sim.
_Sim.
Fiquei olhando para o céu. Por onde
Yasmim estaria naquele momento?
_E você, tem namorada?
Fui pego de surpresa, não sabia o que
responder. Em minha mente, veio a imagem de Yasmim em uma festa, dançando, um
pouco alterada por conta do teor alcoólico...
_Não. Mas você não me respondeu se
tem namorado.
_Não. – Baixou a cabeça.
Permanecemos ali conversando, ela me
entendia em quase tudo, talvez porque eu estava diante de uma mulher e não de
uma menina. Após o jantar, ofereci carona para ela, deixei-a em casa. Claudia
apareceu em minha vida no momento em que mais precisei... Mas despertou em mim
a duvida.
Amava Yasmim, disso não podia negar,
mas Claudia era a mulher ideal para ser apresentada a todos como minha
namorada.
Yasmim...
Festa, amigos, bebidas, altas
risadas. Quanto tempo não fazia isso? Anne e Larissa, amigas do peito e para
todas as horas, nos divertíamos ao máximo estando juntas, mas dessa vez, algo
parecia estar diferente. Aqueles meninos ali, com cara de moleques, não
despertava mais nada em mim. Ariane sempre tomando conta de mim, para não
exagerar na bebida.
_Pega leve Morango, não esquece que
tem namorado.
Lembrei de Vitor, ele desligou o
celular na minha cara. No momento em que isso aconteceu, nem liguei, mas agora,
senti um desespero. Aquela festa estava pequena demais para meu coração, que
batia descompassado só de pensar que machuquei quem eu não queria. Fui ao
banheiro, liguei para Vitor, o seu celular estava desligado.
_Amiga, vamos.
Larissa me puxou para voltar a festa,
fiquei tensa, nervosa, a festa acabou para mim a partir daquele momento.
Chegamos da balada pela manhã, já que minha missão foi levar os amigos para
casa, pois a própria motorista – Anne – Tinha exagerado. Após dormir algumas
horas na casa dela, voltei para a minha casa.
_Que bom que chegou viva.
Minha mãe estava naqueles dias de
TPM, sentada na sala, me encarando como se eu tivesse feito algo errado.
_Desculpa mãe, tive que esperar as
meninas para levá-las em casa.
_E por acaso elas não sabem o caminho
de casa?
_Sabem, mas a Ariane bebeu e me pediu
pra levar o carro. Vou descansar.
Fui em passos largos para meu quarto,
já previa que se ficasse um minuto a mais naquela sala, viria sermão da minha
mãe.
O que estava acontecendo comigo?
Porque eu me preocupava tanto com Vitor? Estava apaixonada por ele, era a pura
verdade e o pior... Ele estava me mudando, eu estava diferente, não só
fisicamente. Liguei meu celular para ver se tinha chamadas, nada. Uma mensagem
me deixou preocupada:
“Yasmim, quando ler
essa mensagem, retorne. Cuidado, não faça nada que me decepcione. Boa festa.
Vitor.”
Liguei rapidamente, caixa postal. Ele
estaria me ignorando para dar o troco da noite anterior?
...Após o sinal deixe sua
mensagem...
_Vitor, quando puder me liga. Beijos,
Yasmim.
Esperei aquela ligação o dia inteiro,
que se estendeu para os dias seguintes. Estava ficando aflita, com medo.
Victor...
Desliguei meu celular
definitivamente, comprei outro chip. Ainda sem saber o que estava acontecendo
comigo, procurei afastar-me de Yasmim, a amava de todas as maneiras, acontece
que precisava desse momento para refletir.
Eu e Claudia cada dia estávamos mais
próximos, seu jeito me encantava, sempre me ligando, preocupada comigo sem ao
menos me conhecer. Algum sentimento que ainda não sabia o nome para defini-lo
estava nos abordando, era algo surreal, bom, sem pressão, sem medo.
Após terminar um show na
quinta-feira, fui para o hotel, tomei uma ducha para relaxar, voltei para a
cama, olhei para o celular e lembrei das noites em que Yasmim me fazia
companhia pelo telefone. Um sentimento de culpa afligiu-me e sendo assim,
liguei o celular com o chip anterior, várias ligações de Yasmim, algumas
mensagens na caixa postal, ouvi todas:
“Vitor, quando puder me liga. Beijos, Yasmim.”
“Vitor, quando puder me liga. Beijos, Yasmim.”
“Vitor, estou realmente
preocupada com você. Ao menos ligue o celular, por favor. Te amo.”
“Vitor, essa é a ultima vez que tento te ligar. Espero que um dia me deixe explicar.”
“Vitor, essa é a ultima vez que tento te ligar. Espero que um dia me deixe explicar.”
Respirei fundo, queria ligar, dizer
que a amava, mas o vento me levava para outro caminho. Li todas as suas
mensagens, uma me chamou atenção:
“Se te magoei, peço desculpas. Volta pra mim.”
“Se te magoei, peço desculpas. Volta pra mim.”
Sem saber muito o que estava fazendo,
disquei o numero e aguardei.
...
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